O mistério por trás da chuva
Numa cidade totalmente nublada pela chuva, uma jovem sentada na calçada tremia de frio, pois parece não ter casa para morar e está toda ensopada.
Uma pessoa, coberta por um capuz, move a sua mão em direção a esta menina e desaparece no meio da multidão. A menina ao olhar em volta percebe que apesar da chuva cair ao seu redor, nenhuma gota a toca mais. Ela então fica maravilhada e tenta procurar o estranho ser com tamanha compaixão.
A pessoa encapuzada vaga misteriosamente até chegar a uma caverna afastada da cidade, e ao tirar o capuz revela seus cabelos longos e azuis que vão ficando roxos até chegar ao fim, seus olhos azuis mostravam uma triste solidão, porém eram repletos de ternura.
Ela acende uma fogueira e fica a olhar as chamas perdida em seus pensamentos tristes e solitários. Ninguém poderia saber o que ela sentia, sua dor era somente dela. No meio das chamas ela vê a imagem de sua mãe assassinada e o sangue dela se mistura com o vermelho do fogo, ela sente uma dor no peito e a imagem começa a ficar mais desesperadora e tenebrosa. Apesar de não ouvir nada, o grito de dor e sofrimento de sua mãe toma conta de seu corpo junto com a raiva de quem a matou. Quando a imagem do vulto masculino aparece essa raiva se transforma num soco que atravessa as chamas. Ela não se queima, mas seu braço parece evaporar.
Depois se deita irritada, a perda da mãe não é a única coisa que a perturba. Qual a razão de tudo isso? Por que, de alguma forma, ela controla a água ao seu redor? Por que seu braço em contato com o fogo evapora ao invés de queimar como todo mundo? Por quê? Por quê? Essas e várias perguntas invadem a sua mente não a deixando dormir por várias e várias horas, até que eu corpo se cansa de tudo e desliga.
No dia seguinte ela leva um susto ao acordar. A menina que ajudara estava com o rosto colado ao seu simplesmente olhando.
- Ah! - ela se levanta num pulo, espera e fica séria novamente. - O que você está fazendo aqui?
- Perdão se a assustei... Só queria lhe agradecer pela gentileza ontem.
Apesar de tê-la assustado, a garota de cabelos azulados percebe certo carinho nos olhos castanho-avermelhados da outra menina. Seus cabelos eram curtos e brancos como a neve. Mesmo assim ela cresceu não confiando em ninguém, além de si mesma e de seu poder, aprendeu do jeito mais doloroso possível que confiar em alguém pode acabar com a vida de uma pessoa.
- Já me agradeceu, agora vá embora.
- Mas por quê? Sei que invadi o seu território, mas você me ajudou, não há nada que eu possa fazer para lhe recompensar? - a menina a olha com um olhar meigo e preocupado esperando uma resposta.
- Sim, poderia sair do meu território, não quero ninguém perto de mim. - apesar de não parecer, não sente raiva, nem dó da garota, apenas medo, medo de que tudo aconteça novamente.
- Certo, mas pelo menos me diga seu nome... Eu me chamo Ayka Haekumo.
- Noriko Hiwa...
- Noriko? Que lindo nome! Olha... eu vou embora, mas... eu voltarei amanhã, muito obrigada mesmo. - o sorriso de Ayka era muito sincero e inocente.
Noriko ainda estava desconfiada, e ainda irritada com a situação, não queria que Ayka voltasse, não queria se expor novamente e sofrer mais uma vez. Tentou esquecer tudo, mas os pesadelos dessa noite acabaram ficando cada vez piores, dessa vez, Noriko era a vítima de assassinato.
A noite era fria, e a neve caía por toda a parte. Era inverno. Dalí duas semanas faria cinco anos do assassinato de sua mãe e do início dos seus poderes. Todo o dia se perguntava por que não ganhou seus dons antes dela morrer? Pelo menos assim teria salvo mais uma vida, uma vida que realmente importava para ela.
Podia estar aquecida por fora graças ao fogo, mas por dentro sentia frio.
Quando acordou no dia seguinte tinha se esquecido de Ayka, nunca achou que alguém fosse lhe dar atenção e saiu para procurar algo para comer.
No meio do caminho ouviu gritos, e correu na direção deles. Viu então Ayka sendo atacada por dois homens. Queriam "brincar" com ela.
- Não, por favor, não façam isso comigo! - pedia Ayka em prantos.
- Vai ser divertido, você vai acabar gostando. - disse um dos homens.
Ambos tinham olhares cínicos e excitados, como os do assassino da mãe de Noriko. No mesmo instante ela se lembra de mais coisas do seu passado, coisas dolorosas...
Uma pessoa, coberta por um capuz, move a sua mão em direção a esta menina e desaparece no meio da multidão. A menina ao olhar em volta percebe que apesar da chuva cair ao seu redor, nenhuma gota a toca mais. Ela então fica maravilhada e tenta procurar o estranho ser com tamanha compaixão.
A pessoa encapuzada vaga misteriosamente até chegar a uma caverna afastada da cidade, e ao tirar o capuz revela seus cabelos longos e azuis que vão ficando roxos até chegar ao fim, seus olhos azuis mostravam uma triste solidão, porém eram repletos de ternura.
Ela acende uma fogueira e fica a olhar as chamas perdida em seus pensamentos tristes e solitários. Ninguém poderia saber o que ela sentia, sua dor era somente dela. No meio das chamas ela vê a imagem de sua mãe assassinada e o sangue dela se mistura com o vermelho do fogo, ela sente uma dor no peito e a imagem começa a ficar mais desesperadora e tenebrosa. Apesar de não ouvir nada, o grito de dor e sofrimento de sua mãe toma conta de seu corpo junto com a raiva de quem a matou. Quando a imagem do vulto masculino aparece essa raiva se transforma num soco que atravessa as chamas. Ela não se queima, mas seu braço parece evaporar.
Depois se deita irritada, a perda da mãe não é a única coisa que a perturba. Qual a razão de tudo isso? Por que, de alguma forma, ela controla a água ao seu redor? Por que seu braço em contato com o fogo evapora ao invés de queimar como todo mundo? Por quê? Por quê? Essas e várias perguntas invadem a sua mente não a deixando dormir por várias e várias horas, até que eu corpo se cansa de tudo e desliga.
No dia seguinte ela leva um susto ao acordar. A menina que ajudara estava com o rosto colado ao seu simplesmente olhando.
- Ah! - ela se levanta num pulo, espera e fica séria novamente. - O que você está fazendo aqui?
- Perdão se a assustei... Só queria lhe agradecer pela gentileza ontem.
Apesar de tê-la assustado, a garota de cabelos azulados percebe certo carinho nos olhos castanho-avermelhados da outra menina. Seus cabelos eram curtos e brancos como a neve. Mesmo assim ela cresceu não confiando em ninguém, além de si mesma e de seu poder, aprendeu do jeito mais doloroso possível que confiar em alguém pode acabar com a vida de uma pessoa.
- Já me agradeceu, agora vá embora.
- Mas por quê? Sei que invadi o seu território, mas você me ajudou, não há nada que eu possa fazer para lhe recompensar? - a menina a olha com um olhar meigo e preocupado esperando uma resposta.
- Sim, poderia sair do meu território, não quero ninguém perto de mim. - apesar de não parecer, não sente raiva, nem dó da garota, apenas medo, medo de que tudo aconteça novamente.
- Certo, mas pelo menos me diga seu nome... Eu me chamo Ayka Haekumo.
- Noriko Hiwa...
- Noriko? Que lindo nome! Olha... eu vou embora, mas... eu voltarei amanhã, muito obrigada mesmo. - o sorriso de Ayka era muito sincero e inocente.
Noriko ainda estava desconfiada, e ainda irritada com a situação, não queria que Ayka voltasse, não queria se expor novamente e sofrer mais uma vez. Tentou esquecer tudo, mas os pesadelos dessa noite acabaram ficando cada vez piores, dessa vez, Noriko era a vítima de assassinato.
A noite era fria, e a neve caía por toda a parte. Era inverno. Dalí duas semanas faria cinco anos do assassinato de sua mãe e do início dos seus poderes. Todo o dia se perguntava por que não ganhou seus dons antes dela morrer? Pelo menos assim teria salvo mais uma vida, uma vida que realmente importava para ela.
Podia estar aquecida por fora graças ao fogo, mas por dentro sentia frio.
Quando acordou no dia seguinte tinha se esquecido de Ayka, nunca achou que alguém fosse lhe dar atenção e saiu para procurar algo para comer.
No meio do caminho ouviu gritos, e correu na direção deles. Viu então Ayka sendo atacada por dois homens. Queriam "brincar" com ela.
- Não, por favor, não façam isso comigo! - pedia Ayka em prantos.
- Vai ser divertido, você vai acabar gostando. - disse um dos homens.
Ambos tinham olhares cínicos e excitados, como os do assassino da mãe de Noriko. No mesmo instante ela se lembra de mais coisas do seu passado, coisas dolorosas...